PADRÃO OFICIAL DA RAÇA

21/3/14

 

Padrão Oficial da Raça

SÃO BERNARDO

ST. BERNHARDSHUND

 

/

/ BERNHARDINER

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

Fédération Cynologique Internationale

GRUPO 2

Padrão FCI 61

21/01/2004

2

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE CINOFILIA

Filiada à Fédération Cynologique Internationale

Classifi cação F.C.I.:

Grupo 2 Pinscher,

Schnauzer, Molossóides, Boiadeiros e

Montanheses

Suíços e raças assemelhadas.

Seção 2 Molossóides

2.2 Tipo

Montanhês

Padrão FCI n o 61 21

de janeiro de 2004.

País de origem: Suíça

Nome no país de origem: St. Bernhardshund / Bernhardiner

Utilização: Companhia, guarda e de fazenda

Sem prova de trabalho

Sergio Meira Lopes de Castro

Presidente da CBKC

Domingos Josué Cruz Setta

Presidente do Conselho Cinotécnico

Tradução: Álvaro D’Alincourt

SÃO BERNARDO

NOMENCLATURA CINÓFILA UTILIZADA NESTE PADRÃO

1 – Trufa 13 – Perna 25 – Braço

2 – Focinho 14 – Jarrete 26 – Ponta do esterno

3 – Stop 15 – Metatarso 27 – Ponta do ombro

4 – Crânio 16 – Patas

5 – Occipital 17 – Joelho

6 – Cernelha 18 – Linha inferior

7 – Dorso 19 – Cotovelo a – profundidade do peito

8 – Lombo 20 – Linha do solo

9 – Garupa 21 – Metacarpo b – altura do cotovelo

10 – Raiz da cauda 22 – Carpo

11 – Ísquio 23 – Antebraço a + b = altura do cão

12 – Coxa 24 – Nível do esterno na cernelha

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RESUMO HISTÓRICO: no século XI, no topo do grande desfi ladeiro de São

Bernardo, a 2.469 metros de altitude, foi fundado um Mosteiro para oferecer refúgio

a viajantes e peregrinos. Desde a metade do século XVII, os monges cercaramse

de cães enormes do tipo montanhês destinados à guarda e defesa. A presença destes

cães no Mosteiro, foi confi rmada por documentos iconográfi cos datados de 1695 e

por uma nota no livro do Mosteiro do ano de 1707. Logo esses cães foram utilizados

para escoltar viajantes e, principalmente, descobrir e salvar os que se perdiam na

neve ou no nevoeiro. Os artigos sobre a maneira pela qual esses cães salvaram da

“morte branca” uma grande quantidade de vidas humanas, publicados em vários

idiomas, e os relatórios de soldados que, em 1800, atravessaram o desfi ladeiro com

a armada de Napoleão, difundiu a fama do Cão de São Bernardo por toda a Europa.

O legendário “Barry” em 1900, tornouse

então o símbolo cão de salvamento. Os

ancestrais diretos do cão de São Bernardo foram os grandes cães de fazenda, muito

difundidos entre os camponeses da região. A raça atual foi obtida, através da criação

sistemática, que atravessou algumas gerações, visando atingir um tipo ideal. Em

1867, Henrich Schumacher de Holligen, próximo a Berna, foi o primeiro a escriturar

uma documentação com anotações de dados genealógicos de seus cães. O Livro de

Registro de Origens suíço foi implantado em fevereiro de 1884; o primeiro cão a entrar

para o Livro Nacional de Registro foi o cão de São Bernardo “Léon”; os 28 registros

seguintes também foram da raça São Bernardo. O Clube Suíço do São Bernardo foi

fundado em Bâle em 15 de março de 1884. Por ocasião de um congresso internacional

de cinologia, em 2 de junho de 1887, a raça foi ofi cialmente reconhecida como de

origem suíça e o Padrão Suíço declarado como sendo, o único autorizado. A partir

desta data, o São Bernardo, foi considerado como cão nacional suíço.

APARÊNCIA GERAL: o São Bernardo tem duas variedades:

· a variedade Pêlo Curto (pelagem dupla, “Stockhaar”):

· a variedade Pêlo Longo.

As duas variedades são de porte grande: o tronco é poderoso, fi rme, musculoso e

harmonioso; a cabeça é imponente e uma expressão alerta.

PROPORÇÕES IMPORTANTES: proporções ideais:

· altura na cernelha / comprimento do tronco = 9:10.

(o comprimento do tronco é medido desde a ponta do ombro até a ponta do

ísquio).

· proporção ideal entre a altura na cernelha e a altura do peito, veja o croqui

a seguir.

· o comprimento total da cabeça é ligeiramente maior que a altura do cão na

cernelha.

· a relação entre a profundidade e o comprimento do focinho, em sua raiz, é de

2:1.

· o comprimento do focinho é ligeiramente maior que 1/3 do comprimento total

da cabeça.

C OMPORTAMENTO / TE MPE RAME NTO: amigável por natureza. De

temperamento calmo a esperto; sempre vigilante.

CABEÇA

Em geral: poderosa e de aspecto imponente.

REGIÃO CRANIANA: forte e larga, quando vista de perfi l; vista de frente, é

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ligeiramente arqueada. Quando em alerta, a inserção das orelhas e a região superior do

crânio forma uma linha reta com as faces laterais em suave curva na região zigomática

alta e fortemente desenvolvida. O osso frontal sofre um desnível abrupto em direção

ao focinho. A protuberância occipital é, apenas, moderadamente marcada, enquanto

que as arcadas superciliares são fortemente desenvolvidas. O sulco frontal, a partir

da raiz do focinho, é distintamente desenvolvido e prolongase

ao longo de toda a

superfície craniana. A pele da testa forma, acima dos olhos, rugas que convergem

para o sulco sagital. Quando em atenção, essas rugas são moderadamente visíveis;

caso contrário, seriam bastante imperceptíveis.

Stop: bem defi nido.

REGIÃO FACIAL

Tr ufa: preta, larga e quadrada . Narinas bem abertas.

Focinho: curto e de largura homogênea. Cana nasal reta, com um discreto sulco sagital.

Lábios: de contorno preto, sendo, os superiores, intensamente desenvolvidos,fi rmes e não muito pendentes, formando, na direção do nariz, um grande arco. Comissura

labial em evidência.

Maxilares / Dentes: maxilares fortes, largos e alinhados. Bem desenvolvidos com

uma regular e completa mordedura em tesoura ou em torquês. Admitese

a tesoura

invertida. A ausência de PM 1 (prémolar

1) e M3 é tolerada.

Olhos: de tamanho médio. Cor do marrom escuro ao castanho. De inserção

moderadamente profunda e expressão amável. O fechamento natural e a fi rmeza das

pálpebras é o ideal. Uma dobra pequena na pálpebra superior e uma dobra pequena

na pálpebra inferior, mostrando um pouco da conjuntiva, é admitida. Pálpebras

completamente pigmentadas.

Orelhas:de tamanho médio, inseridas altas e largas. Formato triangular e as pontas

arredondadas, o pavilhão é intensamente desenvolvido e fl exível. Portadas caídas,

com o bordo posterior ligeiramente afastado e o bordo anterior tocando as faces, bem

rentes.

PESCOÇO: robusto e de comprimento suficiente. Barbelas moderadamente

desenvolvidas.

TRONCO

Em geral: de aparência imponente, harmoniosa, impressionante e bem musculosa .

Cernelha: bem defi nida.

Dorso: largo, robusto e fi rme. Linha superior reta e horizontal até o lombo.

Garupa: longa e curva, fundindose,

gentilmente à raiz da cauda.

Peito: moderadamente profundo, com costelas bem arqueadas, mas sem ser em

forma de barril. Não ultrapassando o nível dos cotovelos.

Linha inferior e ventre: moderadamente esgalgado.

CAUDA: inserida larga e grossa. Cauda longa e forte. A última vértebra caudal

alcançando, no mínimo, o nível dos jarretes. Em repouso, portada caída ou com o

terço distal ligeiramente curvado para cima. Em atenção, portada mais alta.

MEMBROS

ANTERIORES

Em geral: retos e paralelos, quando vistos de frente. Moderadamente afastados.

Ombros: oblíquos, musculosos e bem aderidos à parede torácica.

Braços: mais longo que o ombro. Angulação escápuloumeral

moderada.

Cotovelos: bem ajustados, rentes ao tórax.

Antebr aços: retos, de ossatura robusta e musculatura seca.

Metacarpos: vistos de frente, aprumados; de perfi l, ligeiramente inclinados.

Patas: largas, com dígitos fortes, fechados e bem arqueados.

POSTERIORES

Em geral: moderadamente angulados e bem musculosos. Vistos por trás, posteriores

paralelos e com afastamento moderado.

Coxas: fortes, musculosas e largas.

J oelhos: bem angulados e corretamente direcionados para a frente.

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Per nas: muito longas e bem anguladas.

J arretes: moderadamente angulados e fi rmes.

Metatarsos: vistos por trás, são retos e paralelos.

Patas: largas com dígitos fortes, fechados e bem arqueados.Tolerados os ergôs, desde

que não interfi ram na movimentação dos posteriores.

MOVIMENTAÇÃO: harmoniosa, com passadas de grande amplitude e boa

propulsão dos posteriores; o dorso se mantém fi rme e estável. Membros trabalhando

em linha reta.

PELAGEM

PÊLO

· Var iedade pêlo curto (Stockhaar, pelagem dupla): pêlo de cobertura denso,

liso; bem assentado e rude. Subpêlo abundante. Ligeiro culote nas coxas. Cauda

coberta por uma densa pelagem.

· Variedade pêlo longo: pêlo de cobertura reto, de comprimento médio com

subpêlo abundante. Pêlo curto na face e nas orelhas, na região da anca e sobre a

garupa, o pêlo é, geralmente, um pouco ondulado. Franjas nos anteriores. Culotes

bem cheios nas coxas. Cauda emplumada.

COR: branco, com placas, maiores ou menores, em marrom avermelhado (cão

matizado) até formar um manto contínuo no dorso e fl ancos (cão mantado). O manto

manchado (marcado de branco) é equivalente. O marrom avermelhado tigrado é

admitido. A cor marrom amarelada é tolerada. O encarvoado na cabeça é desejado.

Um ligeiro toque de preto sobre o dorso é tolerado.

Marcas br ancas exigidas: no peito, patas, extremidade da cauda, uma faixa no

focinho, lista e marcas no pescoço.

Marcas desejadas: colar branco; simétrica máscara escura.

TAMANHO

limite mínimo: machos: 70 cm;

fêmeas: 65 cm.

limite máximo: machos: 90 cm;

fêmeas: 80 cm.

Os exemplares que ultrapassarem o limite máximo não devem ser penalizados se a

aparência geral for harmoniosa e se sua movimentação for correta.

FALTAS

· características sexuais pouco defi nidas.

· aspecto geral em desarmonia.

· pernas curtas em relação ao tamanho do cão.

· rugas marcadas na cabeça e no pescoço.

· focinho muito curto ou muito longo.

· lábio inferior lasso, pendente para fora.

· ausência de dentes, menos os P1 (prémolares

1) e M3. Dentes pequenos

(especialmente os incisivos).

· ligeiro prognatismo inferior.

· olhos claros.

· pálpebras caídas.

· dorso selado ou dorso carpeado.

· garupa mais alta que a cernelha ou caída.

· cauda portada enrolada sobre o dorso.

· ausência das marcações exigidas.

· anteriores tortos ou fortemente voltados para fora.

· posteriores muito retos, em tonel ou jarretes de vaca.

· movimentação incorreta.

· pelagem encaracolada.

· pigmentação insufi ciente ou ausente na trufa, em torno da trufa, nos lábios e

pálpebras.

· marcas incorretas, p. ex. salpicos marromavermelhados,

no fundo branco.

DESQUALIFICAÇÕES

· fraqueza de caráter, agressividade.

· prognatismo superior, prognatismo inferior acentuado.

· olhos porcelanizados.

· ectrópio ou entrópio.

· pelagem totalmente branca ou totalmente marrom avermelhada.

· pelagem de outra cor.

· altura inferior ao tamanho mínimo.

FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta

e penalizado na exata proporção de sua gravidade.

NOTAS:

· os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem

desenvolvidos e acomodados na bolsa escrotal.

· todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento

deve ser desqualifi cado.

 

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